uma das obras-primas existencialistas do cineasta Michelangelo Antonioni. Trata-se de uma busca dilacerante, numa paisagem desolada, na qual um operário (Steve Cochran) abandona a amante (Alida Valli, de O Terceiro Homem; Édipo Rei; e 1900), levando consigo a filha pequena do casal. Vagando pela planície do Pó, ele passa a viver com uma mulher pobre (Betsy Blair) e depois com uma frentista (Gabriella Pallota). Depois de mais uma separação, ele volta para junto da primeira mulher, antes de se matar (acidente ou suicídio?). A respeito do filme, disse Antonioni: - Vemo-nos aqui diante de um homem que reage, que tenta quebrar a infelicidade. Tratei esse personagem com muito mais piedade. Quis que sua paisagem, utilizada para melhor definir um estado de espírito, fosse a paisagem da memória: aqui, a da minha infância. Vista com os olhos de alguém que retorna à sua casa, depois de uma intensa experiência cultural e sentimental. Curiosidade: este é um dos filmes exibidos em praça pública no filme Cinema Paradiso (88).Pela primeira vez no Brasil, O Grito é a obra-prima do mestre Michelangelo Antonioni que antecedeu a célebre "trilogia da incomunicabilidade". Nesta Edição de Colecionador, o filme é apresentado em versão restaurada e remasterizada. Após sofrer desilusão amorosa com uma mulher casada, com quem manteve um longo caso e teve uma filha, o operário Aldo inicia uma jornada existencial pelas estradas da Itália, em busca de respostas. Vagando de cidade a cidade, envolve-se com outras mulheres, à procura de uma saída para o vazio de sua vida.

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