Segundo o Prof. José Leonardo do Nascimento, o livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, marca a cultura e a política brasileira no século XX. O filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, por exemplo, foi inspirado neste livro. Na sua concepção, “Os Sertões” é uma obra muito vinculada às concepções sociológicas e filosóficas de sua época. O livro é dividido em três partes: A Terra, O Homem e A Luta. Na Terra, Euclides se detém a explicar o clima, a região geológica, os rios; No Homem, o autor faz um balanço da sociedade brasileira, enfatizando os costumes do sertanejo baiano; e na Luta, Euclides narra o conflito entre a República e a população de Canudos. Antonio Conselheiro, líder religioso, se instala em Canudos em 1893 e os conflitos na região vão se desenvolver a partir de 1896. Segundo o palestrante, Euclides era um crítico da elite litorânea, aquela que imaginava que o Brasil se restringia à franja litorânea. Com esse livro, segundo o crítico literário José Veríssimo, ele vingava o massacre ocorrido às margens do rio Vaza Barris