O Orgulho El brio - Reliquias em DVDs
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O Orgulho El brio

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Neïla Salah (Camélia Jordana), moradora do subúrbio de Paris, quer ser advogada e desde o primeiro dia de aula na universidade entra em confronto com Pierre Mazard (Daniel Auteuil), veterano professor conhecido por seus ataques de explosão, preconceitos e arrogância. Filmado pelos alunos fazendo comentários extremamente grosseiros e racistas, ele é desafiado a preparar Neïla para vencer um concurso acadêmico de retórica em troca de uma segunda chance de seus superiores. As diferenças são muitas, assim como é enorme a quantidade de ensinamentos que um pode oferecer ao outro - caso consigam se entender.

 

O Orgulho, no original Le Brio (2017) é antes de tudo, para começo de conversa, um ato de coragem. Para seu quinto longa-metragem como diretor, Yvan Attal – ator consagrado, experiente – escolheu temas difíceis, polêmicos demais: o racismo na França de hoje e o politicamente correto, o dever, a obrigação de ser politicamente correto no ambiente universitário. 

Bem no início da história que Yvan Attal criou, com a ajuda de várias outras cabeças, um conceituado – mas polêmico – professor universitário em Paris agride verbalmente uma jovem de origem árabe, muçulmana, diante de centenas de estudantes (e de seus celulares que fotografam e filmam tudo).

É um calhorda, repugnante show de racismo.

Para não ser expulso da faculdade, no entanto, o professor passa a treinar a estudante que ele agrediu para que ela participe de concursos de retórica com outros universitários de todas as regiões da França.

E aí? Pode uma série de boas ações absolver o professor por um ato racista, misógino, classista, supremacista?

Discutir essas questões hoje, no meio desse ambiente em que tudo, absolutamente tudo, cada gesto, cada palavra, tem que ser aprovado pela patrulha do politicamente correto é tão arriscado quando pisar sobre o fio da navalha.

Yvan Attal, cineasta francês nascido em Tel Aviv (em 1965), não teve medo: caminhou no fio da navalha. Na corda bamba.

Fez, com a ajuda de quatro colaboradores na redação do roteiro e dos diálogos, e das belas interpretações de Daniel Auteuil e Camélia Jordana, uma beleza de filme.

Uma beleza de filme que consegue deixar a preocupação com a rigidez do politicamente correto de lado e é uma maravilhosa ode à inteligência, ao estudo, à aprendizagem, ao aperfeiçoamento, à colaboração entre os díspares, à convivência harmoniosa entre os contrários.

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